sexta-feira, 27 de março de 2009

Crónica.

Hoje fui claramente abandonada por aquelas alminhas caridosas que são os meus amigos. Decidi, portanto, almoçar sozinha. E como não podia deixar de ser, enquanto tomava o café pus-me a pensar. E o que é a reflexão típica de uma adolescente da minha idade? Paixões.

Somos sensíveis, gostamos de agradar. Adoramos atenção, adoramos um sorriso. Reparamos em todos os pormenores que ao fim ao cabo já conhecemos de cor. Ora é tudo tão perfeito, não é? Quem é que não gosta de alguma dedicação? Temos sempre aquela sensação de que nada tem defeito, e de que nada nos separa. É um facto, caímos todos na mesma conversa.

Para alem de que negamos a realidade: o amor tornou-se, ao longo dos anos, algo banal ao qual cada vez se dá menor importância. Os casais fazem promessas, entregam-se um ao outro num acto de puro amor, acreditando (ou fingindo que acreditam) fortemente que é algo para a vida. Se vivêssemos há 50 anos atrás, sim seria para a vida. Mas agora no século XXI? Deixem-me rir! A sociedade mudou. Já dizia Camões “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. E bem que o homem tinha razão: transformámos o amor num acto de comer e deitar fora. São raros os amores verdadeiros, aqueles que nascem após vivencias ou até mesmo depois de um só olhar, e que duram e duram e duram…

O amor tornou-se ridículo. Vejo, todos os dias, casais a dizerem-se mil maravilhas, que não passam de clichés, frases feitas que são repetidas vezes e vezes sem conta a uma pessoa, e depois a outra, e ainda a outra. E no fim? No fim todas as relações eram supostamente AS MAIS fortes, AS MAIS importantes e AS MAIS inesquecíveis.

Sinceramente? As pessoas cada vez sabem menos o que é dar valor àquilo que sentem.

8 comentários:

Silvana disse...

"Para alem de que negamos a realidade: o amor tornou-se, ao longo dos anos, algo banal ao qual cada vez se dá menor importância. "

"...transformámos o amor num acto de comer e deitar fora. "

Ainda á uns dias eu e uma amiga minha falávamos sobre isso.
E concordo plenamente.
O sentimento tornou-se mateiral.
Já nem é SENTIMENTO...
Gostei muito do teu texto ^^

madu disse...

desejo por tudo que isso nao seja verdade Inês.

Estou óptima e tu?:) acabada de chegar do Minho:P

JO disse...

Eu estou aqui para tudo! (L)

JO disse...

Sempre :3

luis nuno barbosa disse...

é verdade que o amor foi completamente banalizado, chamamos amor a meras paixonetas e dizemos sempre que é para a vida, dizemos sempre que nunca tínhamos sentido nada assim. muitas vezes já a pensar que vamos dizer exactamente isso ao próximo que se cruzar no nosso caminho.
mas sabes, eu continuo a acreditar no amor verdadeiro, porque sei que quando alguém sente e quer sentir, quando ambos querem podem lutar e vencer juntos todos os obstáculos. acho que o verdadeiro problema é a falta de sinceridade que há entre os "pares", porque se houver sempre sinceridade, não acredito que um amor acabe!

além disso, a comparação que fizeste com há 50 anos atrás, há 50 anos, os homens mandavam nas mulheres, e isso tornava os casamentos duradouros, mas, muitas vezes, infelizes. agora os homens não conseguem perceber que elas 'é que mandam'. eu sinceramente, prefiro assim xD


o amor foi banalizado, chamam amor a tudo e mais alguma coisa, a palavra 'amor' foi adulterada.
mas o AMOR, eterno e verdadeiro, ainda existe :)

luis nuno barbosa disse...

gosto do blog, continua assim :)

luis nuno barbosa disse...

deixa lá que os meus 18 também não me permitem falar grande coisa xb
mas namoro há um ano e sinto-me cada vez melhor com ela, cada vez estou mais apaixonadoo :)

eu acho que as almas gémeas não estão pré-destinadas, são aqueles de quem fizermos almas gémeas!

beijinho*

Inês disse...

obrigada :$

não podia concordar mais com este post.

*